terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Vale Europeu Catarinense – 1º dia

24/12/2014
Timbó – Pomerode
45K

Dia de Natal e nós acordamos felizes da vida, não para festejar, mas para pedalar...

Depois de uma ótima noite de sono na Fazenda Sacramento, nossa casa por 10 dias, o Rui nos levou de carro até o centro de Timbó (a Fazenda Sacramento fica em Rodeio, mais ou menos 6k de Timbó), onde é o marco zero, o início do caminho.

a Pituca é a anfitriã da Casa Centenária




Ele nos acompanhou nos primeiros 10k, o que foi ótimo, porque eu ainda estava eufórica pelo começo, nem olhava pras setas amarelas...





O tempo em Santa Catarina, neste dia, estava fechado, nublado.
Quando saímos não estava chovendo, mas logo começou a garoar e tivemos que colocar as capas nos alforges e, mais pra frente, nos rendemos à capa de chuva. Na verdade, não era algo previsto, trouxemos a capa por trazer, nem é a capa ideal, feita pra pedal...
Pois então, foi um pedal molhado!

O percurso não foi muito difícil, estávamos alegres, realizando um sonho, eufóricos pelo começo, dislumbrados com tudo!









O mais interessante é que o piso não é escorregadio, como quando pedalamos na nossa região e tem aquela lama toda, apesar de bem molhado, não tem barro, é uma areia tipo saibro, fazendo com que a estrada fique firme e a bike não derrape de jeito nenhum, é super seguro.

Mas... no pior pedaço, que é a subida da serra do Rio Ada, uma subida bem íngreme de 2k, choveu muito e forte. Tive que pedalar sem óculos, embaçava tudo e era pior, não dando a mínima condição para enxergar o trajeto.




Bom, tirando essa serra, o restante foi suave, quase tudo no plano, nenhuma subida nível amarelo, como mostra na planilha (nível de dificuldade amarelo ou vermelho).
Paramos para nosso almoço... pão com atum...


A paisagem foi o que mais nos surpreendeu, é muito linda, todas as casas e sítios no estilo europeu (colonizadores italianos e alemães), bem cuidadas, grama aparada, floridas, avarandadas (minhas prediletas, como nos meus sonhos), muita plantações de arroz e banana. O caminho é bem sinalizado, dá para se guiar pela planilha do guia sem medo.






Fiquei meio sem saber se pedalava ou caminhava, só para poder fotografar todos os detahes, mas eles estão comigo, "guardo na cabeça um álbum de fotografias feito de lembranças", como diria a personagem de um livro...

Chegamos em Pomerode relativamente cedo, mas a cidade já estava com seu comércio todo fechado, poucas pessoas nas ruas, nos restou ir direto para nossa hospedagem, a Pousada Max. Ah, a cidade tem ciclofaixa...
uma graça, essa é a cidade mais alemã do Brasil... cheia de histórias...

O hotel estava cheio, provavelmente com familiares de moradores da cidade.
Chegou a hora que eu não gosto muito, sendo sincera, de lavar as roupas e as bikes, mas fazendo isso em dois, não se torna cansativo, nem pesado.

Na hora da ceia, ficamos sozinhos... bom, nossa ceia foi as 8 da noite, hehe... conseguimos comprar uma pizza de caixinha, suco e... chocolate (delícia, marca Nugali, uma fábrica da cidade de Pomerode).
Leitura, orações e, é Natal... para lembrarmos o nascimento de Jesus, que nos trouxe as boas-novas, a graça.

Um comentário:

  1. Que inicio, a companhia do Rui no início deu uma descontraída para ir se habituando com as marcações, mapas,bem legal

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