terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Vale Europeu Catarinense – 5º dia

5º e último dia
Rio dos Cedros (Palmeiras) – Timbó
53K

(nota do Guia)
"Muitas descidas íngremes e suaves são a recompensa pelos dias anteriores serra acima. Mas há uma última subida longa e bem forte (talvez a mais forte de todo o Circuito)..."
o que dizer do último dia de um passeio maravilhoso?
tudo começa e tudo acaba
o melhor de tudo é quando acaba bem
e nessa viagem só devemos é ser gratos

uma passagem de um livro que lí recentemente cabe bem aqui:

"A criação acalma nossos espíritos,
restaura nossa perspectiva e
provê alegria a cada porção do nosso ser."

Pedalar na natureza é isso:
o que vemos, as cores, os tons de verdes
o tamanho das montanhas, flores de todas as cores
os cheiros que sentimos
o azul do céu, as nuvens carregadas, as muitas águas,
um lagarto que cruza a sua frente
um enxame de moscas
um simples almoço na pedra
o canto dos pássaros
o calor do meio dia
a briza do final da tarde

Santa Catarina é de uma beleza ímpar
os nativos cuidam muito bem de suas produtivas propriedades
grama aparada, jardim florido, pessoas trabalhadoras - SHOW!

foi um tempo singular, abençoado
obrigada Senhorrrrr

PONTO POSITIVO

Todo o circuito é muito bem sinalizado
o Guia que recebemos na saída é muito bem feito, planilha nota 10
fique tranquilo e siga em frente

tirando essa última subida do Rio Cunha, onde tivemos que descer da bike, por mil motivos
dois em especial
primeiro porque a inclinação e o terrenos eram absurdos, hardy!
segundo que um sujeito de carro nos parou no meio da subida para perguntar se era aquele o caminho que levava a cachoreira kkkkk
começando a subida... 
joguei a toalha
gosto de vitória
agora é só curtir

o restante do percurso é só reta e descida
o que você pode ser programar, é sair um pouco mais cedo de Palmeiras
para não chegar nesse ponto (subida Rio Cunha) ao meio dia, como aconteceu conosco
o calor estava insuportável, sol a pino
mas passando esse topo que é forte mas curto
o restante é recompensa, como diz no Guia. Enjoy!

AGRADECIMENTOS

parabéns aos idealizadores do Vale Europeu Catarinense!
o Circuito é TOP

obrigada Rui e Angela, da Fazenda Sacramento.
vocês foram mais que anfitriões ou apoio, vocês foram paizão e mãezona!
a propriedade de vocês é um "cute", um mimo, uma delícia. tudo muito bem estruturado.
o ciclista se sente mimado :)
desejamos muita sorte e prosperidade.
beijos no Tibe, na Morena e, principalmente, na Pituca (saudades dela)

PONTO NEGATIVO

infelizmente esse circuito não tem apelo religioso, não é peregrinação
então, quem já fez uma peregrinação, de bike ou à pé, em caminhos como o da Fé ou do Sol,
sentirá uma diferença enorme quanto às pessoas que nos recebem e que trombamos pelo caminho.
a cultura local não é muito aberta a isso, os nativos não conhecem esse circuito. Se você conta que está fazendo o Vale Europeu, eles ficam com cara de Ué! nem sabem do que estamos falando.

mas...
nós, que fazemos ou não por peregrinação, podemos mudar essa história,
tudo depende de como nos portamos nos lugares, de como cuidamos da natureza por onde passamos
e, como tratamos as pessoas, os nativos.

Incentive a cultura local, seja educado, amigável,
"faça o bem e o receeberá de volta"
obrigada Senhorrrr – sem palavras... amamos


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Vale Europeu Catarinense - 4º dia

Doutor Pedrinho – Rio dos Cedros (Alto Cedros)
35k

Alto Cedros – Palmeiras
46k

OMG, meu marido pensa que sou o que?
hoje pedalamos 81K!!! isso seria a conta certa, mas pedalamos um pouco menos, 75K
eu explico :)

fizemos dois percursos, o 1º saindo de Dr. Pedrinho até Rio dos Cedros (Alto Cedros) e o 2º de Alto Cedros até Palmeiras

quando acordamos as 6h da matina, estava chovendo e trovejando muito, será que?
mas até sairmos, uma hora depois, a chuva já tinha parado. ehhhh
fomos de carro até Doutor Pedrinho para o início do percurso, porque é um pouco longe de Rodeio, mais de 20k...
1º tempo
no começo do trajeto, deu uma boa chuva, até paramos um pouco num ponto de ônibus, porque o Rui estava sem capa e, também, para colocarmos as nossas lindas e inesquecíveis parcas!
mas não durou muito, foi um pancadão e tivemos que parar novamente pra tirar as capas,
o tempo abriu e nos sentimos cozinhando naquela roupa!

o Rui pedalou conosco uns 13K, depois retornou
esse trajeto tem subidas fortes, duas de nível amarelo, uma no Rio Lima e a outra no Rio Palmito, porém são curtas
como diz no Guia: – este dia passa pelos locais mais isolados de todo o percurso
muita mata fechada, a estrada é rodeada por araucárias e a paisagem, mais uma vez, nos presenteia com belas plantações de orquídeas e bromélias

como pedalamos em um local de mata fechada, alí teve um pouco de lama
olha só...

já virou redundância comentar sobre a beleza do caminho, as fotos falam tudo
só posso afirmar que até hoje não pedalei em lugares tão lindos como esses,
devo confessar que Santa Catarina sempre me encantou, agora então!
o primeiro percurso não é um trajeto duro, chegamos na represa, em Alto Cedros, ao meio dia, totalmente inteiros para continuar o pedal.

2º tempo
estrada... + 46K
pegamos um caminho à direita da represa para passar pelo Hotel LindnerHof
uma graça de lugar
infelizmente estava fechado, eu pararia o pedal para pousar alí

mas só carimbamos o passaporte e continuamos
parece que por alí o caminho é mais curto pelo menos 6K, por isso o total nosso é diferente do Guia... explicado!
mas, parece também, que esse caminho é mais difícil que o outro, só levando vantagem por ser mais curto!
o que importa é pedalar e boa

Antes paramos para descansar e almoçar, nossa bisnaguinha com atum, numa mercearia e bar de beira de estrada, bonzinho, banheiro limpo, uma senhora simpática!
agora sim, bora pra estrada

Esse segundo trajeto não tem subidas como o anterior, nem amarela, nem vermelha, mas eu diria laranja... quem será que pintou essa planilha, será que o sujeito pedalou por aqui? hehe
é um desce e sobe sem fim
vai entender o grande barato do ciclista
sobe, sobe, sobe
depois
desce, desce, desce
pra subir tudo de novo
:/
o que dizer desse portão?!

entramos em mais um trecho de mata fechada
de um lado araucária ou pinheiros, ora eucaliptos (posso dizer que a paisagem é deslumbrante?!)
nessa parte, esteja abastecido e bem abastecido, porque não tem nada de nada até chegar no destino, é silêncio total, só uns lagartos que atravesssam a sua frente e mais nada

depois de quase 20K percorridos, fomos ASSALTADOS, literalmente, por um enxame de, sei lá se era borrachudo ou o que era aquela bendita mosca! o Rui disse que é uma mosca diferente do borrachudo, é atraída pelo suor e fica grudando e picando! é apavorante!
o pior é que essas moscas insuportáveis não nos largaram por um bom pedaço, nem na descida aliviavam
raiva!

chegando em Palmeiras tem uma descida prazeirosa
descida + descida = descanso e briza
passamos por uma bela cachoeirinha, que o Agnaldo não se conteve e quase entrou de roupa e tudo
ao lado de um paredão de pedra, bem interessante, até dar de cara com outra represa
olha, aqui não tem problema com água, definitivamente, chove bastante e tem água por todos os lados
que benção!

Gostei dessa escada feita de pneus!

nesse dia sim, chegamos bem sujos de barro,
bem cansados e bem felizes... felizes chegamos todos os dias hehe
mas sujos, sim, bem sujos, bike, capas, roupas...

FELIZES
foi um ótimo pedal, sem problema algum, bike nota 10
agora é comer e descansar, porque tá acabando... só falta mais 1 dia!